quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ternura Antiga

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Andei vendo estes belos cartões antigos de natal. Sem dúvida, os cartões, sejam eles de Natal ou aniversário, fazem parte do meu universo de sonho e encantamento. Lembro como se fosse hoje, que esperava o correio passar ansiosamente na época do Natal, para ter o prazer de momentos sublimes ao abrir o envelope e estampar bem em frente aos meus olhos, a mais bela imagem de casinha encantada na neve, com seu pinheirinho de Natal, no alto, a cintilar o brilho da estrela de Belém e em sua volta a família reunida a cantar Noite Feliz. E os cartões de Papai Noel?! Com ele tentando passar na chaminé, ou deslizando através do espaço em seu veloz trenó levando presentes para todas as crianças do mundo. Era assim que pensava quando criança!,Ãcreditava verdadeiramente em Papai Noel, ficava olhando as telhas do meu quarto sem querer dormir para vê-lo com sua linda roupa vermelha, bochechas rosadas, e a inconfundível barba branca, seu enorme saco e dentro dele o tão sonhado presente. Pela falta da chaminé, acreditava que ele descia das telhas pendurado em uma corda, bem, assim me explicou minha mãe de tanto que eu perguntava. Lembro dele ter vindo algumas vezes para minha suprema felicidade,não o vi!, mas o presente, este sim! vivi a alegria de ao acordar muito cedo, olhar em baixo da cama e encontrá-lo. Já bem crescida ele não aparecia mais... não que eu o tenha esquecido, nem ele a mim, mas com sua ausência percebi que tinha de buscar e sonhar com outro tipo de presente, um mais simbólico, mais sutíl, embrulhado em papel de seda e fios de ouro da minha imaginação, presente de vida... e como diz meu amigo Marco Santos, são estas doces lembranças que fazem parte das minhas Antigas Ternuras

Ana Coeli

 












































quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ternuras Antigas

Me encantei ao vê estes maravilhosos e antigos cartões de Natal, Lembrei do tempo em que nesta época ficavamos esperando o correio passar, Eu sempre ficava na espectativa e assim que ouvia o grito do carteiro, correio!! saia correndo em disparada até a porta para ser a primeira a receber a correspondência, e se tinha algo para mim como um destes cartões, então era puro prazer de deleite, abrir o envelope e

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Noite Encantada








Nunca esqueci a mais marcante noite de Ano novo da minha vida, foram nos idos anos sessenta, precisamente na passagem do ano de 1963 para 1964, nesta época, eu tinha oito anos e morávamos em uma pequena cidade do interior da Paraíba/Brasil, eu e meus irmãos mais velhos saímos para a praça onde ficava a Igreja e ao seu redor os festejos natalinos e de final de ano.



Como era costume depois da missa naquela época, ficávamos nos divertindo olhando o parque com sua magnífica roda gigante, com as crianças felizes e sorridentes a girar, era maravilhoso vê todas aquelas pessoas bem vestidas desfilarem rua acima e rua abaixo, os jovens aproveitavam para paquerar e trocarem olhares apaixonados.


Naquela noite em especial, minha mãe recomendou para que voltássemos antes da meia noite, pois tínhamos que estar em casa para juntos celebrar a passagem de mais um ano em nossas vidas. Acontece que estávamos tão encantados com toda aquela algazarra que se fazia em torno, que não percebemos o tempo passar, foi quando vimos que a praça começou a esvaziar, todos pareciam se apressar de volta para suas casas, meu irmão mais velho logo percebeu o que estava acontecendo e perguntou às horas a um senhor passava bem ao nosso lado, _ Meu Deus! Gritou! Vamos correr para casa, só faltam cinco minutos para meia-noite! Ficamos apavorados com a idéia de não chegar á tempo, nossa mãe não nos perdoaria pelo atraso, e o castigo certamente seria não sair de casa pelo um belo bom tempo e isso ninguém queria, principalmente meu irmão, que já andava de paquera com as mocinhas.


Saímos em disparada correndo, quando já estávamos bem perto de casa, de repente, todas as luzes da cidade se apagaram os sinos das igrejas tocaram ao mesmo tempo, (tradição na época), especialmente aquela igreja que ficava bem ao lado da nossa casa, ao ouvir e ver tudo aquilo, paramos e por um momento ficamos apavorados com medo sem saber o que fazer, mas algo muito mágico aconteceu naquele momento, na escuridão da noite, o belo e forte badalar dos sinos ao nosso redor encheu de tamanha emoção e êxtase que nos abraçamos e choramos juntos aqueles instantes em que não sentíamos mais medo e sim um profundo sentimento de que tínhamos sido arremessados para algo além do tempo, uma profunda comunhão, hoje entendo como uma experiência mística. Quando as luzes acenderam corremos felizes para casa gritando ao vento e saudando o novo ano, nossa mãe que já estava aflita pela demora a nos ver e certamente perceber nossa alegria estampada em nossa face, uma vez que cada um queria contar ao mesmo tempo toda a aventura, então, entre nossa euforia e o espanto ela esqueceu nosso atraso e festejamos juntos e felizes.


Até hoje lembro como um dos momentos mais belos e especiais da minha vida e sei que também dos meus irmãos. Aqueles instantes além do tempo ficaram para sempre gravados em nossas mentes e especialmente em nossos corações como uma das mais belas e encantada noite de Ano Novo.






Ana Coeli


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Adimirável Presente







Ando muito feliz porque finalmente consegui um computador e pasmem, uma Internet vinte quatro horas, nossa ! ninguém imagina como isso é bárbaro! E é exatamente por este motivo que estou aqui agora sentada digitando no "meu computador", olha só que maravilha! Bem, isto me foi dado de presente pelo meu querido marido Flavio. Ele de vez em quando me faz estes mimos, e eu claro, fico muito,muito...sem palavras...
Agora vou caminhar por mundos inimagináveis de conhecimento e terras encantadas dos mitos aos contos de fadas, conhecer e me tornar amiga por pura afinidade de almas,  gente que jamais pensei encontrar, enfim como dizia o grande Aldous Huxley em o "Admirável Mundo Novo" este novo mundo se tornou presente e se fez "Presente" para mim,

Bem Vinda















Valéria, tu que vieste da Bela e Santa Catarina, trás impresso em tua alma o estígma de Nadadora que és.
Que nas manhãs claras de Sol passa teus ensinamentos e tua sabedoria do domínio das águas.
Como Demeter,semea-se vida em solo Paraíbano,carregas no oceano sagra
do do teu ventre "Nalu"(onda)
Que sejas Bem vinda!!
Que sejas Bem Vinda Nalu! mais muito Bem Vinda.... ao Oceano da Vida... 


Ana Coeli






quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Percepções ll













Que nas manhãs úmidas do orvalho da noite,eu possa abrir

Que nas manhãs úmidas do orvalho da noite,eu possa abrir
 minha janela, celebrar o astro rei  em sua carruagem de fogo, elevando meus braços em Surya Namaskar tranformando  luz em energia muito além dos meus antigos sentidos. Estar atenta e perceber o leve vôo das borboletas nas manhãs de jardins.
O verde escuro  a perder de vista dos campos de agave da minha infância..
O branco em neve dos campos de algodão
Os mgníficos campos de alfazema em sua explosão de lilás e seu estonteante perfume lavanda que vi em minha imaginação
Perceber o silêncio da natureza para ouvir o belo canto do rouxinol
Os tons dourados do pôr do sol do mês de Agosto
  Vestido azul bordado com o mágico ponto de sombra pelas mãos de fada da minha mãe
A elêgancia do linho branco
Sentir a leveza dos pingos da chuva a se confundir com minhas lágrimas
Na solidão da noite gatos misteriosos com suas patas de veludo passam  em minha janela a refeletir a luz azul da lua sobre os telhados
Em noites de estrelas olhar o céu e vê o gigante Òrion sinalizar com as tês Maria mais um verão
Só então fechar os olhos aquietar a mente e no compasso do coração ouvir ao longe...muito longe... Clair de Lune...




terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aninha e suas pedras














Não te deixes destruir...


Ajuntando novas pedras


e construindo novos poemas.


Recria tua vida, sempre, sempre.


Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.


Faz de tua vida mesquinha


um poema.


E viverás no coração dos jovens


e na memória das gerações que hão de vir.


Esta fonte é para uso de todos os sedentos.


Toma a tua parte.


Vem a estas páginas


e não entraves seu uso


aos que têm sede.






Cora Coralina

domingo, 5 de dezembro de 2010

Belezas da vida












Por de sol dourado,ondas mornas e gigantes a deslizar na pele
Gatos misteriosos que deslizam silenciosamente a luz azul da lua sobre os telhados
O leve voo das borboletas nas manhãs de jardins
O verde escuro e repousante dos campos de sisal
A neve dos campos de algodão
O êxtase e a pureza estonteante do perfume dos campos de alfazema
Beleza do linho branco
Vestido azul bordado com o mágico ponto de sombra
Estreitos caminhos no mato molhado
Perceber o silêncio da natureza para ouvir o belo canto do rouxinol
A leveza dos pingos em neblina 
Na noite escura o gigante órion no céu sinaliza mais um verão.

Ler poesia é uma arte



"Não basta saber ler para ler poesia. Ler poesia é uma arte. Exige que o leitor se coloque numa posição especial de alma. O segredo da poesia está na música da leitura. Mais do que uma arte: é um ato de bruxedo. O leitor invoca um mistério que se encontra nos interstícios das palavras do poeta. Essas palavras estão dentro dele mesmo. O poema faz-me ouvir um poema que está dentro de mim. Esse poema que está dentro de mim é um pedaço de mim."

Rubem Alves



Postado por Calíope às 23:41 Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Google Buzz

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

PERCEPÇÕES

Quero estar atenta ao  brilho faiscante da estrela sírios.  A força da lua nova que a tudo faz renascer no mistério da vida.   Ao pequeno rouxinol e o silêncio da natureza para ouvir o seu belo canto.  Aurora em sua carruagem dourada anunciando o rei do firmamento com sua luz e esplendor. Fria manhã de telhas molhadas.  A solidão das aranhas em suas teias de orvalho. O enigmático e poderoso olhar dos gatos. A força e leveza das árvores.  A chuva que cai e em cada pingo o mistério da vida. O zum zum das abelhas transformando o  dourado pólen  no mais puro mel em harmonia perfeita com seu dharma.  Escutar ao longe o doce canto do grilo a embalar meus sonhos em noites de jasmim e luar azul.

Ana Coeli









































domingo, 31 de outubro de 2010

Tempo, Ternas,Ternuras

Imagens antigas,suaves ternuras...
Falam em mim ... Vendaval... Rodopios... Vertígens..
Insustentáveis momentos, pelenos de vida.
Mnemósines presente, lembranças tecem palavras, plasmam sonhos na arte do viver.
Nuvens no céu... Semente na terra...Pipa no ar...Leveza no coração...


Para o meu terno amigo Marco Santos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Brasília, Presente,Carlos.

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O paraíso se fez presente, o corre-corre da viagem, malas, expectativa, conhecer novas pessoas,conhecer Brasília que de repente visita minha memória a encantar meus pequenos olhos de criança quando a vi pela primeira vez na época de sua inauguração na saudosa revista O Cruzeiro. Enfim, aqueles belos e leves arcos estavam bem a minha frente e eram reais e grandiosos. Me emocionei a olhar para o alto e vê os belos anjos suspensos na linda catedral, eles pareciam que estavam descendo lentamente do céu, não conseguia deixar de olhar para seu magnífico rosto de uma beleza estranha, quase irreal. A réplica da Pietá que se encontra no seu interior impressiona e toca nossa alma pela perfeição e rara beleza. Brasília com seus blocos de apartamentos e suas confortáveis quadras. Lembro que, bem jovem conheci um rapaz chamado Carlos que morava em Brasília, em suas cartas vinha um endereço que não compreendia e achava estranho: (Quadra D bloco 0) nunca esqueci este endereço nem o Carlos,  enquanto cruzava o longo e famoso eixão da cidade revi tudo isto e pensei....será que o Carlos ainda mora aqui? tomará que sim! Deus queira que sim...Olá Carlos!!

sábado, 2 de outubro de 2010

O Homem Correto

O homem correto
Age por uma lei interna,
E não por mandamentos externos.
Bebe as águas da Fonte,
E não dos canais.
Transcende estes
E vai sempre á origem daquela"Tao Te Ching" O Livro que revela Deus (Lao-Tsé)




terça-feira, 28 de setembro de 2010

Meus Vazios

Anos atrás quando me iniciei no universo do Yoga, um professor ao autografar seu livro para mim, escreveu..".Desejo á você uma taça vazia..."Confesso não ter entendido de imediato, o tempo passou e vez por outra esta frase vinha em minha mente, pouco a pouco, este "vazio"começou a tomar conta de mim, percebendo o vazio da própria existência percebi meus vazios; o vazio da maternidade, vazio do profissional, dos amigos, da família...o vazio da alma...O vazio pode ser compreendido como ausência de tudo, mas, paradoxalmente,tudo aquilo que pode ser gerado,  já que o vazio contém o todo,o vazio das coisas que se tornam úteis. Compreendi que é no vazio da maternidade da barriga que contém a maternidade do coração, é no vazio da mente que Buda que ele se iluminou. Pra mim o vazio está na taça, na flor, na concha, na folha em todos os lugares esperando ser preenchidos, é no vazio do coração que está o amor... então , desejo a você uma taça vazia...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nadar

Espaço, Agua, Ar... som e silêncio...
Nadar, mergulhar, respirar....profundamente
Braços e pernas se alongam ....deslizam... respiração , coração e mente em ritmo frenético
Luz dourada da manhã tinge a agua de
azul profundo
Braços e pernas flutuam  em perfeita sincronia, tecem no espaço tempo  o prazer de viver
Na alquimia  dos elementos o mistério se faz...
O calor...o azul....a água....o ar....nadar...nadar... nadar....Sonhar....
  
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dobram os Sinos

Tocam ao longe... muito longe... os sinos! fico quieta e apuro tod os sentidos tentando decifrar  de onde vem tão lindo e saudoso som... O toque distante e claro dos sinos de uma igrejinha qualquer a chamar seus fiéis para a primeira missa do ofício do dia,  acorda em mim lembranças e imagens,  como em sonho, sou transportada  tal qual a velocidade da luz, subitamente! lá está ela, uma pequena menina de cabelos negros e lisos, com grandes olhos castanhos abertos para a vida, pula  de sua cama alegremente, a menina pela primeira vez despertou com o mágico, profundo e sagrado som dos sinos da capela de São Francisco, desde então, nunca mais ela esqueceu aquele dia, e até hoje, os sinos ecoam em seu ser mais profundo, despertando e sinalizando algo muito além dos sentidos, para o sagrado  ofício do ser imortal.   . 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cortinas de Damasco

   Na sala vazia

Abrem-se as cortinas de damasco

O sol invade de luz cada recanto...primas despertam imagens oníricas

Êxtase de vida

Intocável momento. 




Ana coeli - 2/8/10