terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eram mais que irmãs...


Eram mais que irmãs... Eram gêmeas. Lado a lado, retas paralelas se espelhavam dia e noite. Pareciam buscar nas alturas tocar o céu,s
ímbolo da engenharia, bela e moderna arquitetura. Numa ensolarada manhã de primavera, surgiu no céu um gigante pássaro de ferro com asas de fogo, num lapso olhar, imágens de horror surreal, instantes depois o pó cinza da destruição se fez diante dos olhos que não queriam acreditar, gravando na memória do tempo, o surdo e comovente eco das vozes dos que se foram. Hoje, em seu lugar há um imenso buraco quadrado, como a alertar para os quatro cantos da terra, onde nem a água que a tudo toma forma e completa, nunca haverá de preencher. A lembrança das grandiosas e belas torres, se irmanam na saudade de cada nome gravado na fria pedra silenciosa. Elas já não existem, mas continuarão gêmeas para sempre em nossa memória, na dor e no estranho vazio que ficou no coração dos homens.
Uma singela homenágem aos que se foram...

Ana Coeli