A lágrima

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A lágrima quente que escorre em minha face

Contém as dores do mundo e o sal da terra...

Gaivota

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Espaço suspenso nas asas da solitária gaivota
Plena de céu e mar
Azul celeste
Azul mar
Pensamentos navegam nas vagas do mar...

Estrela de Belém

Foi há muito tempo...
Acordara ouvindo o sino, longe , longe...
Não havia música, nem presente
Só um choro baixinho
Não havia fogo, nem pão
O jejum açoitava o corpo, desnudava a alma
Uma brecha na telha, escoava uma réstia de luz
Era véspera de Natal
Despontava no céu a estrela de Belém

O silêncio e o vento

Vicent van Gogh.

 Meio dia

nem uma folha bulia na quieta melancolia

 Há pouco, um zumbido, um farfalhar de asas...

Cochilava na cadeira de balanço

Longe longe..  O surdo do pilão
O café torrado desperta antigos sentidos

Na sonolência das horas
 O silêncio e o vento, marcam a cadência da vida.

Saudade

Claude Monet

 Saudade é coisa estranha mora em nossas entranhas

Ao entardecer ela desatina a doer

Nos faz padecer   

de noite entorpecer...

Para nunca esquecer 

e assim, continuar a viver...

O tempo

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O tempo, contém todas as horas
E habita dimensões infinitas em mim...

Orvalho

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A aurora barreou o céu

Mais um dia...

Gotas de orvalho são lagrimas da transição das noites

Pássaros perdem o foco nos tons do infinito azul

Há uma esperança em cada raio de arco-íris

Shiva dança envolta em véus de Maya

A vida é efêmera e nada se fez em vão

O orvalho de todos os dias se acumulará

Estará lá!

Até quando estiver que estar...