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Cândido Portinari |
Damasco... Damasco..
Era
uma seda vermelha de veludo
Os
olhinhos da menina, encheram-se de espanto!
De
que reino ou conto de fadas existia algo assim, tão belo! Tão precioso! Tão
raro! Seria do reino da pérsia?
Ou
teria vindo do“ caminhos das Índias?”
O
mundo já não era cinza e pálido...
O
mundo era... Vermelho damasco!
Nunca! Nunca toda em sua vida, ela iria esquecer, as cortinas vermelhas de veludo
damasco que sua mãe fez!
As
cortinas de damasco, coloriram as janelas da sua
casa naquelas manhãs de sol, suas sombras dançantes deslizavam nas paredes formando
belos reflexos vermelhos, encantado para sempre sua alma de luz e magia, naqueles dias de sonhos, da doce e distante infância...
Nunca
mais em toda sua vida, ela iria esquecer.
As
cortinas vermelhas de veludo damasco...