Aquela casa tinha o perfume que exalava do seu
belo piso de tacos de madeira.
Todas as noites, como um viajante do tempo, visito aquela casa e seus cômodos, a pequena sala com suas poltronas azuis, a foto do meu pai eternizada na parede, nosso precioso radio, minha mãe costurando e cantando baixinho uma canção antiga.
Naquela casa, vivi com meus irmãos
as primeiras venturas e tristezas da vida.
Quando de lá parti, chorei, me despedi solitária de cada recanto, ouvi pela última vez, as badaladas do sino da igreja vibrar com saudade em meu coração.
Aquela casa se foi no vendaval do tempo,
mas ela ainda vive em mim, nas brumas misteriosas dos meus sonhos.
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