domingo, 13 de março de 2011

Japa Mala


Japa Mala ...Espírito e Matéria!
Cordão de cento e oito contas
Tasbi dos Maometanos
Rosário dos Cristãos
Corrente de Energia...
Mandala de Luz
Deslizam suavemente em meus dedos, murmúrios de sons sagrados
Tesouro de todos os Mestres, Sábios e Santos.
Presente nos quatro cantos da Terra...
Contas de sandâlo que me elevam ao monte Meru!
Ecoa pelo tempo...Vibram no Espaço..
Sopram com o vento Leste..
O sagrado Mantra...  OM Mani Padme Hum...

Ana Coeli

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mar Azul

[sem+título.bmp] 

O Gigante se Aproxima
Meus olhos se enchem de Mar...Imensidão Azul... 
Azul Marinho
Azul Celeste
Azul Anil
Azul Indigo
Azul Turquesa
Azul Piscina
Azul  Chatre
Azul  Paul Klee
Azul Céu Portinari 
Vida  Azul...Na Casa Azul...

Ana Coeli


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Noite Do Meu Bem...


A noite do meu Bem, foi uma das mais belas canções que me recordo de ter escutado quando criança, ou seja, prestado atenção em sua letra e canção. Lembro que há muito tempo atrás quando era bem pequena mesmo, por volta de uns cinco anos, meu tio José, que na época era um rapaz solteiro, moreno e um verdadeiro galã para as moças de então. De certo, imagino eu, que  estava no auge da paixão e romantismo por sua namorada Iady( Hoje esposa com filhos e netos)
Todas as noites após o jantar ele tinha um verdadeiro ritual, sentava-se em um dos sofá, recostava a cabeça no espaldar da cadeira, na simples, pequena, mais bem aconchegante  sala de visita, com suas três poltronas estilo Luís XV  e cortinas de damasco vermelha que adornava o janelão principal que dava para a rua.
Dai então, começava a cantoria com as canções da moda na época, lembro de sua voz grave e muito bonita a embalar o silêncio das noites escuras. Digo escuras! Pois naquela época não havia chegado a luz eletrica e toda a iluminação era feita com os belos e românticos candeeiros a gás.
Foi então naquelas noites escuras, com a bruxuleante luz a se derramar por toda a sala,quando o poder mágico da música acordou suas notas em mim para sempre, ao ouvir "A Noite do Meu Bem," entoada pela bela voz do meu tio, com sua linda canção, profunda e tocante poesia.  Até hoje, me recordo da sensação de paz, de algo muito além do tempo ao escutá-la, algo como: Que verdadeiramente, as crianças  estão em paz dormindo, ao abandono de flores se abrindo... com a primeira estrela que vier com seu rastro de luz e com ela a alegria de um barco voltando... a ternura de mãos se encontrando...  com amor profundo e toda a beleza do mundo.
"Hoje eu quero a rosa mais linda que houver..."


( Dedico com carinho este post em homenagem ao meu tio José ,pela doce lembrança)


"Noite Do Meu Bem"( Letra e Música de Dolores Duran- 1959)
Ana Coeli

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pássaro Ferreiro



Ao longe..
Forte e melancólico canto 
Teu grito de ferro...
Corta o espaço, hora morna do dia
Solene silêncio.
Pássaro Ferreiro!
És mistério da natureza
Despertando em mim tanta beleza


Ana Coeli

O Barco

 



Passos lentos, incertos...imprimem meus pés na areia do tempo
Na vastidaõ do mar
Sou poeira das estrelas
A solidão do barco
Navega a solidão em mim

Ana Coeli

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gira Mundo



 Giram estrelas
Gira a terra
Gira o vento
Gira as águas
Gira a noite
Gira o dia.
Giram os relógios
Que giram o tempo
Gira menina!
Vestido Vermelho
Girando a vida dentro de mim

Ana Coeli

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Se...



Se algo em minha alma ainda chora

Se o vale de minhas lágrimas formam rios tortuosos
Se lançarem setas que rasgam minha pele e penetra fundo em meu coração
Se meus caminhos são labirintos
Se palavras insanas perturbam meu silêncio
Se não vejo o pulsar da vida nas estações
Se o corvo negro abre suas asas sobre minha dor
Se a indiferença é vendaval que me arrasta
Se o vai e vem do pêndulo marca a urgência das horas
Se meus olhos precisam de lentes para ver
Se a saudade semeia vazio em meu coração
Se o grito ecoa nos labirintos da vida
Há de se fazer urgente, retirar o véu das ilusões, vê minha imagem no lago da vida a refletir os fios de prata que pouco a pouco tingem meus cabelos, as marcas do tempo a vincar meu rosto e deixar rastros de dor em meu coração... Só então, remover os entraves que cercam minha alma, juntar as pedras do caminho, abrir a janela ao sol e semear violetas em meu jardim, caminhar na relva das manhãs e sentir a suave brisa em meus cabelos... E mais uma vez aprender com o sol... A renascer...






Ana coeli