terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Noite Do Meu Bem...


A noite do meu Bem, foi uma das mais belas canções que me recordo de ter escutado quando criança, ou seja, prestado atenção em sua letra e canção. Lembro que há muito tempo atrás quando era bem pequena mesmo, por volta de uns cinco anos, meu tio José, que na época era um rapaz solteiro, moreno e um verdadeiro galã para as moças de então. De certo, imagino eu, que  estava no auge da paixão e romantismo por sua namorada Iady( Hoje esposa com filhos e netos)
Todas as noites após o jantar ele tinha um verdadeiro ritual, sentava-se em um dos sofá, recostava a cabeça no espaldar da cadeira, na simples, pequena, mais bem aconchegante  sala de visita, com suas três poltronas estilo Luís XV  e cortinas de damasco vermelha que adornava o janelão principal que dava para a rua.
Dai então, começava a cantoria com as canções da moda na época, lembro de sua voz grave e muito bonita a embalar o silêncio das noites escuras. Digo escuras! Pois naquela época não havia chegado a luz eletrica e toda a iluminação era feita com os belos e românticos candeeiros a gás.
Foi então naquelas noites escuras, com a bruxuleante luz a se derramar por toda a sala,quando o poder mágico da música acordou suas notas em mim para sempre, ao ouvir "A Noite do Meu Bem," entoada pela bela voz do meu tio, com sua linda canção, profunda e tocante poesia.  Até hoje, me recordo da sensação de paz, de algo muito além do tempo ao escutá-la, algo como: Que verdadeiramente, as crianças  estão em paz dormindo, ao abandono de flores se abrindo... com a primeira estrela que vier com seu rastro de luz e com ela a alegria de um barco voltando... a ternura de mãos se encontrando...  com amor profundo e toda a beleza do mundo.
"Hoje eu quero a rosa mais linda que houver..."


( Dedico com carinho este post em homenagem ao meu tio José ,pela doce lembrança)


"Noite Do Meu Bem"( Letra e Música de Dolores Duran- 1959)
Ana Coeli

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pássaro Ferreiro



Ao longe..
Forte e melancólico canto 
Teu grito de ferro...
Corta o espaço, hora morna do dia
Solene silêncio.
Pássaro Ferreiro!
És mistério da natureza
Despertando em mim tanta beleza


Ana Coeli

O Barco

 



Passos lentos, incertos...imprimem meus pés na areia do tempo
Na vastidaõ do mar
Sou poeira das estrelas
A solidão do barco
Navega a solidão em mim

Ana Coeli

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gira Mundo



 Giram estrelas
Gira a terra
Gira o vento
Gira as águas
Gira a noite
Gira o dia.
Giram os relógios
Que giram o tempo
Gira menina!
Vestido Vermelho
Girando a vida dentro de mim

Ana Coeli

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Se...



Se algo em minha alma ainda chora

Se o vale de minhas lágrimas formam rios tortuosos
Se lançarem setas que rasgam minha pele e penetra fundo em meu coração
Se meus caminhos são labirintos
Se palavras insanas perturbam meu silêncio
Se não vejo o pulsar da vida nas estações
Se o corvo negro abre suas asas sobre minha dor
Se a indiferença é vendaval que me arrasta
Se o vai e vem do pêndulo marca a urgência das horas
Se meus olhos precisam de lentes para ver
Se a saudade semeia vazio em meu coração
Se o grito ecoa nos labirintos da vida
Há de se fazer urgente, retirar o véu das ilusões, vê minha imagem no lago da vida a refletir os fios de prata que pouco a pouco tingem meus cabelos, as marcas do tempo a vincar meu rosto e deixar rastros de dor em meu coração... Só então, remover os entraves que cercam minha alma, juntar as pedras do caminho, abrir a janela ao sol e semear violetas em meu jardim, caminhar na relva das manhãs e sentir a suave brisa em meus cabelos... E mais uma vez aprender com o sol... A renascer...






Ana coeli










quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ternura Antiga

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Andei vendo estes belos cartões antigos de natal. Sem dúvida, os cartões, sejam eles de Natal ou aniversário, fazem parte do meu universo de sonho e encantamento. Lembro como se fosse hoje, que esperava o correio passar ansiosamente na época do Natal, para ter o prazer de momentos sublimes ao abrir o envelope e estampar bem em frente aos meus olhos, a mais bela imagem de casinha encantada na neve, com seu pinheirinho de Natal, no alto, a cintilar o brilho da estrela de Belém e em sua volta a família reunida a cantar Noite Feliz. E os cartões de Papai Noel?! Com ele tentando passar na chaminé, ou deslizando através do espaço em seu veloz trenó levando presentes para todas as crianças do mundo. Era assim que pensava quando criança!,Ãcreditava verdadeiramente em Papai Noel, ficava olhando as telhas do meu quarto sem querer dormir para vê-lo com sua linda roupa vermelha, bochechas rosadas, e a inconfundível barba branca, seu enorme saco e dentro dele o tão sonhado presente. Pela falta da chaminé, acreditava que ele descia das telhas pendurado em uma corda, bem, assim me explicou minha mãe de tanto que eu perguntava. Lembro dele ter vindo algumas vezes para minha suprema felicidade,não o vi!, mas o presente, este sim! vivi a alegria de ao acordar muito cedo, olhar em baixo da cama e encontrá-lo. Já bem crescida ele não aparecia mais... não que eu o tenha esquecido, nem ele a mim, mas com sua ausência percebi que tinha de buscar e sonhar com outro tipo de presente, um mais simbólico, mais sutíl, embrulhado em papel de seda e fios de ouro da minha imaginação, presente de vida... e como diz meu amigo Marco Santos, são estas doces lembranças que fazem parte das minhas Antigas Ternuras

Ana Coeli

 












































quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ternuras Antigas

Me encantei ao vê estes maravilhosos e antigos cartões de Natal, Lembrei do tempo em que nesta época ficavamos esperando o correio passar, Eu sempre ficava na espectativa e assim que ouvia o grito do carteiro, correio!! saia correndo em disparada até a porta para ser a primeira a receber a correspondência, e se tinha algo para mim como um destes cartões, então era puro prazer de deleite, abrir o envelope e