domingo, 10 de março de 2013

De mãos dadas


De  Chirico


Somos nossa própria morte

Vida e morte caminham de mãos dadas

Uma vez vida

Outra vez morte

Até unirem-se num fio continuo de luz

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mar

Praia de Camboinha

Mar, tua imensidão
 confunde-me
Nada mais cabe em mim
só lagrimas de mar

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Relógio



Edward Hopper
Edward Hopper

Há um silêncio esconso,uma réstia de sol escorre  nas paredes mudas de tão antigas. 

A tarde se vai ao jogo de luz e sombra.O velho relógio na parede, parece olhar para mim e a zombar de todas as vidas que por ali passaram naquele casarão, outrora, tão cheio de sonhos, segredos, paixões e lagrimas... Agora só as lembranças daqueles que de  alguma forma misteriosa, imprimiram suas imagens nas paredes e moveis, ele (o relógio) testemunha de tantas vidas , como servo leal ao senhor do tempo,  continua lá em sua jornada, marcando o compasso da vida em tristes badaladas,  a acordar em meu corpo, memórias enraizadas que rasgam o tempo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ontem







Sol no meio do céu
O vai e vem da cadeira de balanço
O mormaço 
O zumbido infernal das moscas
Chaleira no fogão

E a vida passando lentamente se desfazendo no ontem  

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Armadilhas


As borboletas de Salvador Dali

Continuo lapidando pedras que atravessam

 meus caminhos,muitas são 

polidas por tempestades. Preciso ler a 

cartografia da vida, consultar o tarô,

I ching, as estrelas, para saber onde colocar meus

pés. Quero aguçar os sentidos e perceber as 

armadilhas, atravessar rios e pontes,

 contornar os buracos negros... Quero chegar 

ao topo da montanha, olhar o horizonte e lá

 bem no alto, ver as borboletas sair do seu

 casulo, flutuar no espaço e colorir suas asas

 aos primeiros raios de sol.

Ana coeli

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mutação



Bendita crise que me dar outros paradigmas para viver

Bendita crise que dissolve meus apegos

Bendita crise que me faz ver além da ilusão

Bendita crise que me mostra a impermanência de tudo e me

tira do marasmo

Bendita crise que transforma minha dor e meu coração

Bendita crise que me trás a fé

Bendita crise que me faz humilde

Bendita crise que é ponto de mutação em mim.
 Ana Coeli










sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Amantes




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Amantes  (Marc Chagal)

Nos corações dos amantes bailam os espectros de almas solitárias
Sombras de si mesmo
Nas ilusões da vida a eterna dança das paixões
Sem sinfonia , sem lirismo, sem poemas
Vida que vai... vida que vem...
 Na calçada de pedra azul, escorre o tempo
Ana Coeli