quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Barco

 



Passos lentos, incertos...imprimem meus pés na areia do tempo
Na vastidaõ do mar
Sou poeira das estrelas
A solidão do barco
Navega a solidão em mim

Ana Coeli

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gira Mundo



 Giram estrelas
Gira a terra
Gira o vento
Gira as águas
Gira a noite
Gira o dia.
Giram os relógios
Que giram o tempo
Gira menina!
Vestido Vermelho
Girando a vida dentro de mim

Ana Coeli

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Se...



Se algo em minha alma ainda chora

Se o vale de minhas lágrimas formam rios tortuosos
Se lançarem setas que rasgam minha pele e penetra fundo em meu coração
Se meus caminhos são labirintos
Se palavras insanas perturbam meu silêncio
Se não vejo o pulsar da vida nas estações
Se o corvo negro abre suas asas sobre minha dor
Se a indiferença é vendaval que me arrasta
Se o vai e vem do pêndulo marca a urgência das horas
Se meus olhos precisam de lentes para ver
Se a saudade semeia vazio em meu coração
Se o grito ecoa nos labirintos da vida
Há de se fazer urgente, retirar o véu das ilusões, vê minha imagem no lago da vida a refletir os fios de prata que pouco a pouco tingem meus cabelos, as marcas do tempo a vincar meu rosto e deixar rastros de dor em meu coração... Só então, remover os entraves que cercam minha alma, juntar as pedras do caminho, abrir a janela ao sol e semear violetas em meu jardim, caminhar na relva das manhãs e sentir a suave brisa em meus cabelos... E mais uma vez aprender com o sol... A renascer...






Ana coeli










quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ternura Antiga

[natal9zxc.jpg]
[natal9r.jpg][natal9zzz.jpg]
[natal9zxcv.jpg]



Andei vendo estes belos cartões antigos de natal. Sem dúvida, os cartões, sejam eles de Natal ou aniversário, fazem parte do meu universo de sonho e encantamento. Lembro como se fosse hoje, que esperava o correio passar ansiosamente na época do Natal, para ter o prazer de momentos sublimes ao abrir o envelope e estampar bem em frente aos meus olhos, a mais bela imagem de casinha encantada na neve, com seu pinheirinho de Natal, no alto, a cintilar o brilho da estrela de Belém e em sua volta a família reunida a cantar Noite Feliz. E os cartões de Papai Noel?! Com ele tentando passar na chaminé, ou deslizando através do espaço em seu veloz trenó levando presentes para todas as crianças do mundo. Era assim que pensava quando criança!,Ãcreditava verdadeiramente em Papai Noel, ficava olhando as telhas do meu quarto sem querer dormir para vê-lo com sua linda roupa vermelha, bochechas rosadas, e a inconfundível barba branca, seu enorme saco e dentro dele o tão sonhado presente. Pela falta da chaminé, acreditava que ele descia das telhas pendurado em uma corda, bem, assim me explicou minha mãe de tanto que eu perguntava. Lembro dele ter vindo algumas vezes para minha suprema felicidade,não o vi!, mas o presente, este sim! vivi a alegria de ao acordar muito cedo, olhar em baixo da cama e encontrá-lo. Já bem crescida ele não aparecia mais... não que eu o tenha esquecido, nem ele a mim, mas com sua ausência percebi que tinha de buscar e sonhar com outro tipo de presente, um mais simbólico, mais sutíl, embrulhado em papel de seda e fios de ouro da minha imaginação, presente de vida... e como diz meu amigo Marco Santos, são estas doces lembranças que fazem parte das minhas Antigas Ternuras

Ana Coeli

 












































quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ternuras Antigas

Me encantei ao vê estes maravilhosos e antigos cartões de Natal, Lembrei do tempo em que nesta época ficavamos esperando o correio passar, Eu sempre ficava na espectativa e assim que ouvia o grito do carteiro, correio!! saia correndo em disparada até a porta para ser a primeira a receber a correspondência, e se tinha algo para mim como um destes cartões, então era puro prazer de deleite, abrir o envelope e

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Noite Encantada








Nunca esqueci a mais marcante noite de Ano novo da minha vida, foram nos idos anos sessenta, precisamente na passagem do ano de 1963 para 1964, nesta época, eu tinha oito anos e morávamos em uma pequena cidade do interior da Paraíba/Brasil, eu e meus irmãos mais velhos saímos para a praça onde ficava a Igreja e ao seu redor os festejos natalinos e de final de ano.



Como era costume depois da missa naquela época, ficávamos nos divertindo olhando o parque com sua magnífica roda gigante, com as crianças felizes e sorridentes a girar, era maravilhoso vê todas aquelas pessoas bem vestidas desfilarem rua acima e rua abaixo, os jovens aproveitavam para paquerar e trocarem olhares apaixonados.


Naquela noite em especial, minha mãe recomendou para que voltássemos antes da meia noite, pois tínhamos que estar em casa para juntos celebrar a passagem de mais um ano em nossas vidas. Acontece que estávamos tão encantados com toda aquela algazarra que se fazia em torno, que não percebemos o tempo passar, foi quando vimos que a praça começou a esvaziar, todos pareciam se apressar de volta para suas casas, meu irmão mais velho logo percebeu o que estava acontecendo e perguntou às horas a um senhor passava bem ao nosso lado, _ Meu Deus! Gritou! Vamos correr para casa, só faltam cinco minutos para meia-noite! Ficamos apavorados com a idéia de não chegar á tempo, nossa mãe não nos perdoaria pelo atraso, e o castigo certamente seria não sair de casa pelo um belo bom tempo e isso ninguém queria, principalmente meu irmão, que já andava de paquera com as mocinhas.


Saímos em disparada correndo, quando já estávamos bem perto de casa, de repente, todas as luzes da cidade se apagaram os sinos das igrejas tocaram ao mesmo tempo, (tradição na época), especialmente aquela igreja que ficava bem ao lado da nossa casa, ao ouvir e ver tudo aquilo, paramos e por um momento ficamos apavorados com medo sem saber o que fazer, mas algo muito mágico aconteceu naquele momento, na escuridão da noite, o belo e forte badalar dos sinos ao nosso redor encheu de tamanha emoção e êxtase que nos abraçamos e choramos juntos aqueles instantes em que não sentíamos mais medo e sim um profundo sentimento de que tínhamos sido arremessados para algo além do tempo, uma profunda comunhão, hoje entendo como uma experiência mística. Quando as luzes acenderam corremos felizes para casa gritando ao vento e saudando o novo ano, nossa mãe que já estava aflita pela demora a nos ver e certamente perceber nossa alegria estampada em nossa face, uma vez que cada um queria contar ao mesmo tempo toda a aventura, então, entre nossa euforia e o espanto ela esqueceu nosso atraso e festejamos juntos e felizes.


Até hoje lembro como um dos momentos mais belos e especiais da minha vida e sei que também dos meus irmãos. Aqueles instantes além do tempo ficaram para sempre gravados em nossas mentes e especialmente em nossos corações como uma das mais belas e encantada noite de Ano Novo.






Ana Coeli


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Adimirável Presente







Ando muito feliz porque finalmente consegui um computador e pasmem, uma Internet vinte quatro horas, nossa ! ninguém imagina como isso é bárbaro! E é exatamente por este motivo que estou aqui agora sentada digitando no "meu computador", olha só que maravilha! Bem, isto me foi dado de presente pelo meu querido marido Flavio. Ele de vez em quando me faz estes mimos, e eu claro, fico muito,muito...sem palavras...
Agora vou caminhar por mundos inimagináveis de conhecimento e terras encantadas dos mitos aos contos de fadas, conhecer e me tornar amiga por pura afinidade de almas,  gente que jamais pensei encontrar, enfim como dizia o grande Aldous Huxley em o "Admirável Mundo Novo" este novo mundo se tornou presente e se fez "Presente" para mim,